Segundo uma pesquisa com 39 mil universitários e recém-formados no Brasil, Argentina e México, os jovens buscam nas empresas um bom ambiente de trabalho, desenvolvimento profissional e qualidade de vida. Três buscas muito subjetivas. São novas riquezas que esperam estes trabalhadores do futuro.
Fonte: Diário Catarinense de 19.09.2010 in http://www.clipping.com.br/
Sai de cena o dinheiro, a visibilidade, o poder. Será? Antes de tudo, é melhor definir com exatidão o que vem a ser a palavra riqueza. Riqueza não é ter muito dinheiro. Riqueza é tudo aquilo que nos toca o coração. Posso ser rico em saúde, rico em ideias, rico em amigos e posso, também, ser rico em posses, se isso toca meu coração. Invariavelmente, quem monta um negócio busca, no fundo, alimentar alguma riqueza. Quem vai trabalhar nesse negócio quer, também, alimentar suas riquezas. Há empresas que se preocupam pouco com o lucro em reservas financeiras, mas fazem questão de investir na visibilidade do negócio ou de seus sócios. Como vemos, nossos jovens estão certos ao procurar esse equilíbrio interior que nos aproxime do que se chama de felicidade, mas esperam que a empresa lhes forneça essa conquista, o que nunca ocorrerá. Se os jovens buscam isso nas empresas vão se iludir, até o dia em que compreenderem que somente eles mesmos têm a capacidade de conquistar esse equilíbrio. Vale a citação do filósofo Huberto Rohden: “Nunca farei depender a minha felicidade de algo que não dependa de mim”. Querer um bom ambiente de trabalho por si só não é uma riqueza. A harmonia no ambiente de trabalho é somente coadjuvante. Sentir-se bem com o trabalho, sentir-se satisfeito, isso, sim, é riqueza. Desenvolver é aumentar as capacidades intelectuais ou progredir. Ter qualidade de vida envolve estar bem física, mental, psicológica e emocionalmente, manter relacionamentos sociais, educação e poder de compra. O trabalho em si fornece somente a capacidade de compra. As demais características para se ter qualidade de vida independem do trabalho e, portanto, independem da empresa.

Nenhum comentário:
Postar um comentário